27/07/22
Neste mês de julho, celebramos o aniversário de 200 anos de Gregor Johann Mendel (20 de julho de 1822 — 6 de janeiro 1884), um monge agostiniano que ficou conhecido como o “pai da genética”. Nascido em 1822 no Império Austro-Húngaro, em uma família de agricultores humildes que possuíam poucos recursos para investir em sua educação, Mendel decidiu entrar para o Clero como meio de trilhar uma carreira acadêmica sem ter que se preocupar com dinheiro, conseguindo, assim, as condições adequadas para continuar seus estudos.
Então, aos 21 anos, entrou para o Monastério da Ordem de Santo Agostinho, situado na cidade de Brno, que hoje faz parte da República Tcheca. Em Brno, Mendel foi apresentado à comunidade intelectual, que o inspirou a atuar como professor, profissão na qual teve êxito. Entretanto, falhou em um exame para certificação de professores; consequentemente, Mendel foi enviado para a Universidade de Viena, onde se dedicou aos estudos da física, matemática, anatomia e da fisiologia das plantas, que lhe proporcionaram seus primeiros contatos com microscópios.
Após sair da faculdade, Mendel retornou ao mosteiro, onde iniciou seus experimentos de hibridização com ervilhas, que duraram sete anos. Foram cultivadas quase 30 mil plantas de ervilha, cujas partes reprodutivas ele dissecava minuciosamente para obter os cruzamentos controlados que lhe permitiriam entender como características simples, como cor das flores e formato das sementes, eram transmitidas de uma geração a outra. A partir de diversos dados adquiridos em seu estudo, Mendel formulou as suas duas leis relativas a hereditariedade. A Lei da Segregação dos fatores e a Lei da Segregação Independente, conhecidas hoje como a primeira e a segunda lei de Mendel.
Porém, suas descobertas inovadoras não tiveram a repercussão merecida no meio cientifico da época. Decepcionado e sobrecarregado com suas funções religiosas e administrativas no mosteiro, ele abandonou seu trabalho cientifico em 1868. Devido a complicações geradas por uma doença renal crônica, Mendel faleceu em 1884 aos 61 anos de idade.
Sua obra permaneceu ignorada até 1900, quando outros botânicos, realizando pesquisas independentes, chegaram a resultados semelhantes já alcançados por Mendel, resgatando assim as leis de Mendel, pelas quais hoje ele é reconhecido e considerado o pai da genética.
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