12/12/18
A Diretoria do Conselho Federal de Biologia – CFBio se reuniu na quarta-feira, dia 05 de dezembro de 2019, com organizadores do 1º Congresso AntiVectorial, Convenção & Tecnologia para Saúde Pública, que acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de março de 2019 em Foz do Iguaçu, no Paraná. O evento reunirá especialistas internacionais em Saúde Pública, com foco em Doenças Tropicais.
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Participaram da reunião o presidente do CFBio, Wlademir João Tadei, a Vice-Presidente, Fátima Cristina de Araújo, a Conselheira Secretária, Geni Cáuper, o Biólogo e Consultor do Ministério da Saúde Fábio Castelo Njaime e o coordenador da Pragas & Eventos, Denilson Lenh.
De acordo com Denilson, o principal objetivo do evento é promover o diálogo entre iniciativa pública e privada e a pesquisa em nível nacional e internacional. "Estamos aproximando o fabricante de produtos e de equipamentos com usuários de municípios, com entidades governamentais, com empresas privadas que têm interesse em executar esse tipo de serviço, e com pesquisadores nacionais, trazendo também experiências que funcionam em países como Espanha, Itália, Tanzânia, Estados Unidos, Cuba, Peru. Queremos reunir todo mundo em um único evento", afirmou o coordenador da Pragas & Eventos. A ideia, segundo ele, é reunir Biólogos, Médicos Veterinários, Engenheiros Agrônomos, Médicos, Enfermeiros, entre outros profissionais, de modo formar comitês multidisciplinares.
Em relação ao contexto de doenças tropicais hoje no Brasil, Denilson enfatizou a necessidade de buscar soluções dentro das realidades locais. "O problema é que a mesma tecnologia é utilizada do sul ao norte do País. São climas, regiões e culturas completamente diferentes. Um produto que age de uma forma em uma área fria não vai funcionar da mesma maneira em uma área quente. Então, é preciso escutar o técnico local, até para oferecer tecnologias e alternativas apropriadas, além de mais autonomia".
Biólogos e o controle de vetores
O Biólogo e consultor do Ministério da Saúde Fábio Njaime afirmou a importância do profissional das Ciências Biológicas para a área de Controle de Vetores e Pragas. "Estimo que mais de 80% dos profissionais que trabalham diretamente na pesquisa e na execução de serviços são Biólogos. Hoje, no Ministério, eu vejo que existe uma carência de Biólogos contratados a nível de terceiro grau para as funções de gerenciamento e coordenação dessas áreas. E existe também uma necessidade latente de Biólogos que tenham capacitação específica nessa área de controle de vetores", afirmou.
Njaime reforçou ainda que o grande diferencial do 1º Congresso AntiVectorial é o fato de reunir o público e o privado. "Colocar os técnicos que são fabricantes de produtos e de armadillhas em contato com os técnicos que estão executando o serviço na ponta é uma grande oportunidade. Tanto para o privado mostrar o que tem a oferecer quanto para o técnico, que terá esse espaço para falar o que ele acha, o que ele precisa, qual é a experiência dele na ponta. Além disso, os técnicos poderão explicar o comportamento de vetores em suas regiões; por exemplo, o mosquito Aedes aegypti tem um comportamento completamente diferente no Sul do Brasil em relação ao Sudeste ou ao Norte", explicou o Biólogo.
"O fabricantes precisam entender que é necessário adaptar o produto às realidades brasileiras. Hoje, muitos desses produtos vem de países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, ou seja, foram desenvolvidos para um clima completamente diferente do Brasil, com uma efetividade comprovada lá fora, mas que não possui a mesma efetividade aqui", concluiu Njaime.
Outras informações sobre 1º Congresso AntiVectorial o podem ser obtidas no site: https://antivectorial.com/
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