20/03/18
O Congresso da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB) é o maior evento no país na área de conservação e manejo de animais sob cuidados humanos e chega a sua 42ª edição com o tema “Zoos e Aquários: E se formos um só? Manejo integrado pela conservação”.
O evento acontece entre os dias 04 e 07 de abril de 2018 no Estádio Nacional de Brasília "Mané Garrincha", em Brasília, e conta com o apoio do Conselho Federal de Biologia (CFBio) e do Conselho Regional de Biologia da 4ª Região (CRBio-04). O formulário para inscrição e outras informações podem ser encontrados no site do evento.
Organizado pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), o objetivo do congresso é motivar a integração e comunicação entre as instituições do país, discutindo a urgente necessidade de manejo das populações de animais de acordo com os programas conservacionistas internacionais e regionais vigentes, e, também, pelo uso de novas biotecnologias disponíveis.
Os congressos da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB), tradicionalmente, reúnem profissionais, estudantes, instituições e órgãos competentes não apenas do Brasil, mas de todo o mundo, e o público esperado é de aproximadamente 700 pessoas e 30 zoológicos e aquários participantes.
A programação do Congresso conta com profissionais nacionais e internacionais, com grande experiência no Manejo para a Conservação das Espécies. Além da programação científica e dos mini-cursos, serão apresentados diversos trabalhos científicos visando a troca de experiências entre profissionais e estudantes.
Zoos e aquários na conservação das espécies
A Terra enfrenta uma das piores crises ambientais da sua história. Estima-se que a taxa de extinção de animais vertebrados hoje seja 114 vezes maior do que em outros períodos e rivaliza com a última grande crise planetária há 65 milhões de anos, quando os dinossauros desapareceram.
É consenso entre os cientistas que tal cenário está sendo provocado pelas ações impensadas da humanidade, como a destruição dos habitats e a exploração excessiva dos recursos naturais, e potencializado pela desconexão das pessoas com a natureza. Afinal, vivemos em um mundo cada vez mais urbano. Isso significa que a vida selvagem depende quase totalmente de cuidados humanos para manter a sua diversidade e, com esperança, recuperar as áreas que o avanço das nossas cidades e atividades está tirando dos outros animais.
Dentro deste contexto, os zoológicos e aquários emergem como ferramentas essenciais na conservação das espécies e conexão dos visitantes tanto com os animais quanto com os problemas que estes enfrentam no ambiente natural.
O Brasil possui 182 zoológicos e aquários, mas apesar dos esforços consideráveis pela conservação em muitas instituições, o manejo de espécies visando populações geneticamente saudáveis e que possam ajudar as existentes na natureza ainda permanece deficiente, com os registros genealógicos e programas conservacionistas de animais nativos funcionando melhor no exterior do que dentro do próprio país.
Muitas vezes, a raiz deste problema está na ausência de integração e falhas de comunicação entre os zoos e mesmo órgãos competentes, assim como em concepções antigas das equipes técnicas, que podem ser sanadas com capacitação e atualização do conhecimento.
Fonte: 42º Congresso da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil
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