27/02/25
O Rio Araguaia, conhecido por suas praias e riqueza ecológica, depende de investimentos em pesquisa e políticas públicas para sua preservação. A expedição do Programa Araguaia Vivo 2030 encerrou sua segunda fase de estudos, trazendo resultados promissores.
Coordenado pela Bióloga Mariana Pires de Campos Telles, Conselheira do CFBio e docente da PUC-GO e UFG, e pelo Biólogo Ludgero Cardoso Galli Vieira, docente da UnB, o projeto percorreu 3,5 mil quilômetros pelo Médio Araguaia e seus afluentes. A bordo de um barco-hotel, 27 pesquisadores coletaram amostras de água e analisaram 150 lagos da planície de inundação em Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará.
Um dos destaques do Programa foi a descoberta de uma nova espécie de planta, Copaifera araguaiensis, da família Fabaceae, conhecida por sua resina medicinal. A identificação foi feita pelo professor Rafael Barbosa Pinto, da UEG de Iporá, e publicada na revista Phytotaxa.
O projeto, parceria entre TWRA e Fapeg, recebeu R$ 16 milhões para ampliar o conhecimento sobre o Araguaia. “Nosso objetivo é consolidar um banco de dados para estratégias de conservação”, afirmou Vanderlei Cassiano, diretor da Fapeg.
Além da pesquisa, a expedição fortaleceu a interação com ribeirinhos, essenciais para a preservação do Araguaia. Moradores relataram alterações ambientais e contribuíram com informações valiosas. Ações de educação ambiental foram promovidas em escolas e comunidades pesqueiras.
Os avanços do Araguaia Vivo 2030 reforçam a importância da pesquisa e da colaboração entre cientistas e a população local. Em agosto de 2025, o evento Conexão Araguaia 2025 apresentará os resultados da expedição, contribuindo para a formulação de estratégias sustentáveis para a região.