30/01/20
A Bióloga sul-mato-grossense Neiva Maria Robaldo Guedes (CRBio 006476/01-D), que criou e executa há 30 anos um projeto que ajudou a tirar a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus), um dos símbolos do Pantanal, da lista de animais em extinção, foi indicada para concorrer ao Prêmio Faz Diferença, uma iniciativa do jornal O Globo em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Bióloga da Conservação, Neiva é mestre em Ciências Florestais pela ESALQ/USP e doutora em Zoologia pela UNESP/Botucatu. Ela é pesquisadora e professora do Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Uniderp, em Campo Grande. Também é presidente do Instituto Arara Azul. Foi indicada no Faz Diferença para concorrer a premiação na categoria “Sociedade/Ciência e Saúde”.
Também foram indicados para a premiação e vão concorrer com a Bióloga sul-mato-grossense na mesma categoria o físico Ricardo Galvão, ex-presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e o médico cardiologista William Dib, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Prêmio Faz Diferença está em sua 17ª edição e visa reconhecer o trabalho, a dedicação e o talento de brasileiros que, nas mais diversas áreas de atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2019.
Instituto Arara Azul
Criado em 2003, o Instituto Arara Azul, localizado no Pantanal sul-mato-grossense, promove a conservação da arara-azul, da biodiversidade e do Pantanal como um todo, por meio do envolvimento e da conscientização das pessoas para a utilização racional dos recursos naturais. O Instituto é uma sociedade civil de direito privado, para fins não econômicos, com autonomia administrativa e financeira.
O Projeto Arara Azul estuda a biologia e relações ecológicas da arara-azul-grande, realiza o manejo e promove a conservação da arara-azul em seu ambiente natural. O Projeto estuda a biologia reprodutiva das araras-vermelhas, tucanos, gaviões, corujas, pato-do-mato e outras espécies que coabitam com a arara-azul no Pantanal.
Também compreende o acompanhamento das araras na natureza, o monitoramento de ninhos naturais e artificiais, numa área de mais de 400 mil hectares, além do trabalho de conservação da espécie, em conjunto com proprietários locais. Ao todo, são monitorados 615 ninhos, em 57 fazendas, e 5 mil aves, no Pantanal mato-grossense.
Fontes: G1 MS e Instituto Arara Azul