25/02/19
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 50 milhões de pessoas no mundo sofrem com a infertilidade, ou seja, quando um casal mantém relações sem métodos contraceptivos durante 12 meses, sem sucesso na gravidez. No Brasil, o número pode chegar a 8 milhões.
Para debater os avanços na área e discutir alternativas viáveis para pessoas que querem ter filhos, a Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) realizará em Curitiba, de 31 de julho a 3 de agosto, no ExpoUnimed, o XXIII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida (CBRA). O evento multidisciplinar espera reunir cerca de 800 profissionais, entre médicos, embriologistas, enfermeiros, psicólogos, biólogos, especialistas em reprodução humana, áreas afins, como ginecologistas, urologistas, mastologistas, oncologistas, além de gestores de clínicas.
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Com a máxima “Plantando sementes, gerando vidas”, o slogan do Congresso faz uma analogia com a ação da gralha azul (ave símbolo do Paraná), que, com o seu hábito de enterrar pinhões, forma novas árvores e florestas, processo semelhante ao desempenhado pelos profissionais da reprodução assistida, ajudando na geração de novas vidas. A 23ª edição do CBRA abordará temas importantes como o congelamento de óvulos, embriões, tecido ovariano, gravidez tardia (depois dos 40 anos), indução de ovulação e oncofertilidade (quando as mulheres colhem óvulos e ovário para o congelamento prévio antes de tratamentos de câncer), entre outros.
Na ocasião, ainda haverá a apresentação de trabalhos nacionais e internacionais sobre o tema, ampliando os espaços de discussão e proporcionando trocas de experiências entre os presentes. O prazo para submissão de resumos e trabalhos completos vai até 01 de junho.
Reprodução assistida no Brasil
A idade é um fator determinante para a fertilidade da mulher e do homem, pois ao longo da vida os óvulos envelhecem e a produção de espermatozoides perde qualidade. Devido a mudanças sociais e comportamentais, a decisão sobre ter um filho tem sido tomada cada vez mais tarde no Brasil e no mundo. Por conta da maior participação da mulher no mercado de trabalho, por exemplo, o conflito entre vida profissional e o desejo da maternidade tem sido cada vez mais frequente. É possível ver traços dessa tendência em um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com recorte de 2005 a 2015. No relatório, observou-se que o número de mães com idade entre 30 e 39 anos cresceu mais de 8% no período, de 22,5% em 2005 para 30,8% em 2015.
A reprodução assistida consiste em um conjunto de procedimentos médicos que visam auxiliar nos complexos processos de gravidez, incluindo os casos de infertilidade, esterilidade ou doenças hereditárias. A técnica também pode viabilizar novas formas de parentalidade, como casais homossexuais que desejam ter filhos. Entre os métodos mais conhecidos de reprodução assistida, destacam-se a inseminação artificial, a fertilização in vitro e a doação/ recepção de óvulos/espermatozóides, técnicas indicadas de acordo com a avaliação personalizada de cada caso.
Dados divulgados recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) evidenciam a procura cada vez maior pelos métodos de reprodução assistida. No último mês de dezembro, um estudo da agência revelou que a importação de sêmen para o tratamento de reprodução assistida cresceu 97% em 2017 com relação a 2016, um recorde no país. Segundo a Anvisa, o número de ciclos de fertilização in vitro também cresceu de forma consistente no país nos últimos anos: 168,4% entre 2011 a 2017.
Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site: http://sbracongressos.com.br
Serviço: XXIII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida
Data: 31.07 a 03.08
Local: Expo Unimed Curitiba (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido, Curitiba – PR)
Mais informações: (41) 3521-6226 / (41) 99674-8326 ou contato@markmesse.com.br
Realização: Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)
Organização: Mark Messe Congressos
Fonte: SBRA Congressos