8/10/19
O Biólogo Gregg L. Semenza ganhou o Prêmio Nobel de Medicina de 2019 em conjunto com os pesquisadores William G. Kaelin Jr. e Sir Pedro J. Ratcliffe por descobertas sobre como as células sentem e se adaptam à disponibilidade de oxigênio. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (7) em Estocolmo, na Suécia.
Os animais precisam de oxigênio para a conversão de alimentos em energia útil. Essa importância do oxigênio foi entendida há séculos, mas demorou tempo para compreendermos como as células se adaptam às mudanças nos níveis de oxigênio.
William G. Kaelin Jr., Sir Peter J. Ratcliffe e Gregg L. Semenza descobriram como as células podem perceber e se adaptar a essas mudanças, identificando a maquinaria molecular que regula a atividade dos genes em resposta a níveis variados de oxigênio.
As descobertas dos ganhadores do Nobel deste ano revelaram o mecanismo para um dos processos adaptativos mais essenciais da vida. Eles estabeleceram a base para nossa compreensão de como os níveis de oxigênio afetam o metabolismo celular e a função fisiológica. Suas descobertas também abriram o caminho a novas estratégias promissoras para combater a anemia, o câncer e muitas outras doenças.
Conheça os laureados
William G. Kaelin Jr. nasceu em 1957 em Nova York. Ele obteve um M.D. da Duke University, Durham, e se especializou em medicina interna e oncologia na Johns Hopkins University, em Baltimore, e no Dana-Farber Cancer Institute, em Boston. Estabeleceu seu próprio laboratório de pesquisa no Dana-Farber Cancer Institute e tornou-se professor titular da Harvard Medical School em 2002. Ele é pesquisador do Howard Hughes Medical Institute desde 1998.
Sir Peter J. Ratcliffe nasceu em 1954 em Lancashire, Reino Unido. Ele estudou medicina no Gonville e no Caius College na Universidade de Cambridge e se especializou em nefrologia em Oxford. Estabeleceu um grupo de pesquisa independente na Universidade de Oxford e tornou-se professor titular em 1996. É diretor de pesquisa clínica do Francis Crick Institute, em Londres, diretor do Target Discovery Institute em Oxford e membro do Ludwig Institute for Cancer Research.
Gregg L. Semenza nasceu em 1956 em Nova York. Ele obteve B.A. em Biologia pela Universidade de Harvard, Boston, e recebeu diploma de MD/PhD da Universidade da Pensilvânia, Faculdade de Medicina da Filadélfia, em 1984, especializando-se em pediatria na Duke University, Durham. Ele fez ainda pós-doutorado na Universidade Johns Hopkins, Baltimore, onde estabeleceu um grupo de pesquisa independente. Tornou-se professor titular da Universidade Johns Hopkins em 1999 e, desde 2003, é diretor do Programa de Pesquisa Vascular do Instituto Johns Hopkins de Engenharia Celular.
Biólogos na história do Prêmio Nobel
Estudiosos da vida, Biólogos têm revolucionado a ciência e oferecem grandes contribuições para a sociedade. Não é à toa que cerca de um terço dos prêmios Nobel de Fisiologia ou Medicina foi concedido a pesquisadores das Ciências Biológicas.
Segundo levantamento feito pelo Biólogo Lúcio Lemos (CRBio 007596/04-D), de 214 pesquisadores laureados até 2017 com o Nobel, pelo menos 70 são Biólogos.
A premiação foi criada no ano de 1901 por Alfred Nobel com o objetivo de recompensar pesquisadores que se destacaram em áreas de investigação da Fisiologia ou da Medicina, sendo atribuída anualmente pelo Instituto Karolinska, da Suécia. A premiação de Biólogos se deu, principalmente, por descobertas e inovações em áreas como Genética, Biologia Molecular e Fisiologia.
Com informações do Nobel Prize